Andrew Wyeth deixa a paisagem americana, o pintor mais popular dos EUA ficou conhecido pelo realismo de suas telas; ele morreu após breve enfermidade nesta sexta-feira, aos 91 anos, em sua casa de Chadds Ford, Pennsylvania (EUA), o pintor já era uma espécie de monumento nacional americano.

Wyeth sempre deu um jeito de encaixar elemento nas paisagens de sua obra, fosse uma casa ou uma garota, que acenasse com certa esperança no fundo da tela. Começou a pintar cedo por influência do pai ilustrador. Não frequentou a escola por ser uma criança doente, mas o pai se encarregou de sua formação.

Wyeth, que expôs pela primeira vez em 1937, passou ao largo das discussões intelectuais que revolucionaram a arte americana e levaram ao advento do expressionismo abstrato nos anos 1950. Seu olhar denuncia certa nostalgia do mundo rural, incorporando o imaginário pastoral como se fosse um pintor do século 19, um Constable de cores claras e certa inclinação para o transcendentalismo.

Seu quadro mais famoso é "O mundo de Christina" (1948) paisagem cheia de melancolia, pintada, como muitas das suas telas, com têmpera de ovo, uma técnica que segundo ele o obrigava a desacelerar sua pintura.

Wyeth foi o primeiro artista norte-americano desde John Singer Sargent a ser admitido na Academia Francesa de Belas-Artes, e o primeiro artista norte-americano vivo a ter uma exposição na Real Academia de Artes de Londres, segundo a nota do museu.

Em 2006, uma exposição da sua obra no Museu de Arte de Filadélfia atraiu 177 mil visitantes, maior público para um artista vivo nesse museu.

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